Correr nos ensina a nos desafiar. Ensina a ir além quando pensamos até aonde poderíamos ir. Ajuda-nos a descobrir do que somos feitos e o que fazemos, e isso é tudo na vida. Boa leitura!

sábado, 25 de setembro de 2010

I Cross Country - Nova América da Colina PR

Chegamos assim...

e saímos assim de Nova América... Nova América do quê?
    Dia 19 de setembro viajamos para uma cidadezinha do interior do nosso estado, uma daquelas cidades lembradas pelos políticos somente em véspera de eleição; uma daquelas muitas cidades do nosso país afora esquecidas das autoridades, uma cidade simples, uma cidade tipicamente brasileira.
    Foi lá que corremos nossa I Prova Cross Country, uma prova diga-se de passagem muito bem organizada e com acessórios inovadores como o número de peito adesivado que nós ainda não conhecíamos. Não havia chip e a outra novidade (não muito moderna) era a de correr com duas senhas na mão ou penduradas na camiseta por alfinetes que entregávamos no 5km e no 10km.
    A largada foi dada com meia hora de atraso, mas nada que tirasse nosso ânimo. Estávamos prontos para encaram o desafio da I Prova Cross Country de Nova América.

    Dada a largada corremos duas ou três quadras de asfalto e entramos na estrada de terra, passamos por um túnel de cana-de-açúcar e caímos em um carriador em declive, foram 500m de descida, mais 1km de descida, eu tentava apreciar a paisagem rural ao nosso redor mas a velocidade da descida era perigosa, e então mais 2km de descida, ainda mais 3 km de descida e comecei a me apavorar, vamos ter que subir isso! Antes de entregarmos nossa senha no 5ºkm encaramos uma pequena subida, e depois da senha, nossa última descida, muito, muito acentuada. Olhei para cima e nessa altura, ou melhor, nessa baixura, me via sozinha e só me restava escalar os 5km de subida se quisesse voltar para casa novamente. E foi neste momento que pude começar a apreciar a paisagem, vagarosamente, sem pressa, cabisbaixa, em meio à natureza, e quando vejo a fotografia tirada pela corredora Adriana Souza...

... é que tenho certeza, que somos parte de algo muito maior, de uma paisagem perfeita, e é impossível não lembrar dos Tarahumaras, o povo que corre e tem a corrida no sangue e nos pés. E foram nesses 5km de subida, que pude lembrar que também já tive a corrida nas veias como este moleque que me acompanhou os 10km da corrida, sem camisa, sem número, sem inscrição. Quando criança, corríamos a toa, corríamos pela casa para buscar algo, corríamos para a escola, corríamos com os amigos na rua e corríamos sozinhos pelo bel prazer de correr. Depois de um tempo, nos separamos da corrida, nos ocupamos com coisas "mais importantes", as coisas que nos estressam e nos preocupam, as coisas que tomam e roubam nosso tempo e nos colocam longe de quem amamos e do que nos dá prazer. Mas foi lá, em Nova América da Colina, este é o nome que não vou esquecer, a cidade em que coloquei meus pés literalmente no chão e percebi que a corrida faz parte da gente, e não precisa ser rápido para correr, é só ter coragem e retomar o que um dia nos feliz.
    Aqui no Paraná temos o orgulho de correr na Terra Vermelha, na terra que faz brotar nosso trigo e nossa soja, que sustenta nossos lavradores e nos caracteriza como os "pés vermelhos", e sabem o porquê desta cor? É como nos revela o escritor paranaense Domingos Pelegrini: "Põe na mão, olha bem e sabe por que então esta terra é assim vermelha? É vermelha de paixão!"
    Segue abaixo o resultado dos apaixonados pela terrinha e pela corrida:

Eliana Real - 1º lugar na categoria. (Tênis amarelo)
Marcele Aires - 2º lugar na categoria. (Tênis mordido pelo cachorro)
Fernanda Borges - 3º lugar na categoria. (Tênis muito encardido)
Marluce Fagotti de Paiva - 4º lugar na categoria. (Tênis roxo, na falta do vermelho de paixão)


Paulo José da Silva - 1º lugar na categoria (tênis verde fashion)
André Antônio - 5º lugar na categoria (tênis empoeirado)
Ivar Benazi - Representando todos os outros meninos que não foram fotografados.

Para esta corrida Cross Country experimentei, em meus treinos, o novo SUUM, hidratação balanceada. É diferente dos outros hidrotônicos porque ele vem em pastilhas que são dissolvidas em água. É um diferencial, pois em provas mais longas é só levar o tubo de pastilhas e fazer uma hidratação bastante saborosa e imediata. O único problema e que demora alguns minutos para dissolver, o que pode atrapalhar os planos do corredor exausto.

Eu aprovo e quero estar sempre com o meu SUUM no bolso, é hidratação garantida principalmente naquelas provas que nos dão somente um hidrotônico e precisamos de mais.

domingo, 12 de setembro de 2010

II Prova Rústica de Astorga - Paraná - Meias Lorpen

    No feriadão do dia 7 de setembro, comemorei não só a independência do nosso país, apesar de tão dependente, mas também a minha independência de correr livremente pelas ruas de várias cidades. Desta vez,  corri em Astorga, no Paraná e com uma novidade: fiz o teste das Meias Lorpen.
    O par de meias que testei faz parte da coleção Multisport da Lorpen e que são indicadas para corridas e pedaladas. Ao abrir o pacote já percebi a  maciez e o conforto do tecido, no entanto quando as  calcei, elas me proporcionaram ajuste perfeito aos pés, colaborando com o amortecimento tão necessário nas corridas. Outro aspecto fundamental para nós mulheres é a beleza. As minhas são de uma combinação cinza e verde muito bem pensada, são as MultiSport TriLayer Light Women's (http://www.lorpen.com.br/multisport/meia-mulstisport-trilayer-light-womens.php) e como o nome já diz, são três camadas que trabalham a nosso favor para um melhor desempenho. O bom foi que durante a corrida eu não as senti, melhor assim, pois não tem nada pior que lembrar de uma meia durante uma corrida. Na minha opinião: aprovadas.

    Bem, quanto ao desempenho, quero registrar meu recorde pessoal nos 4KM, foram 22min38seg de corrida e... será que foram as meias? Bem, creio ter sido um conjunto de variáveis: treinos mais conscientes, amigos quebrando o gelo, a família por perto e um aperfeiçoamento nos equipamentos.

    Embora tenha batido meu recorde pessoal, a corrida não foi fácil. Não havia muitos atletas correndo, mas os corredores que lá foram eram bem ranqueados e a classificação foi acirrada e bastante concorrida. Penso que a competitividade veio da premiação, pois havia quantias em dinheiro para todas as categorias até o 3º lugar... por outro lado, para quem não se classificou, como eu, não tinha nem um gatorade... dureza!
    Na foto estão Eliane, o treinador Ivar, eu e a Fernanda, na luta para melhorarmos nosso tempo. Não dá para parar não...

    E não paro mesmo! Acabei de receber da http://www.proativa21.com.br/ uma amostra do novo SUUM - Hidratação Balanceada e vou testar na minha primeira corrida Cross Country de 10KM, nesta eu vou precisar mesmo!


Resultado da corrida:  

    Abaixo, seguem as fotos dos nossos amigos corredores classificados:
Lucas Nascimento, 1º lugar na categoria
Eliane Real, 1º lugar na categoria
Adriano Bastos Meneses, 1º lugar na categoria
Alison Santos, 3º lugar na categoria
A família, em 1º lugar, sempre
Paulo José Silva, 1º lugar na categoria

sábado, 4 de setembro de 2010

VII Maratona de Revezamento Vanderlei Cordeiro de Lima - Maringá PR

Equipe Feminina de Revezamento
A corrida tem mostrado novas perspectiva à minha vida. Ela tem me dado mais coragem, mais persistência, mais saúde e mais organização. No último domingo porém, a corrida me presenteou com algo precioso aos meus olhos: novas amizades. No início, só tínhamos em comum a vontade de correr e não nos conhecíamos, fomos nos encontrando e nos juntando para formarmos nossa primeira equipe de revezamento. Esta foi uma das provas mais emocionantes que participei. Nos organizamos por e-mail, por telefone e a maioria se viu pela primeira vez no dia da maratona, quando subimos no busão para irmos até Maringá. 
O nosso maior incentivo e motivação vem do nosso professor Ivar Benazi, o único homem na foto da equipe, que com discrição, sutileza e muita paciência tem feito do atletismo e dos seus adeptos, um estilo saudável e dinâmico de viver. O Canaã Consultoria Empresarial também nos incentivou patrocinando nossa camiseta e a da equipe masculina prontamente.
A equipe se esforçou muito, nos empenhamos ao máximo e nos surpreendemos.



A primeira a correr foi a Eliane Real, uma lenda na corrida em Rolândia. Ela tem o atletismo no sangue e corre muito. Já competiu em percursos curtos de velocidade até meia maratonas. Mas acima de tudo, quando você a conhece, percebe um coração muito mais veloz do que suas pernas, uma alegria contagiante e uma simplicidade cativante.




A segunda foi a Fernanda, uma corredora que fez juz ao nome da corrida "Pare de fumar correndo". A Fernanda é ex-fumante e hoje tem uma vida saudável por causa da corrida. Ela é muito divertida e coloca um sorriso em tudo que faz. E esta maratona foi só o começo de uma vida saudável, ela sonha com um IroMan!



Marcele for a terceira corredora, ela estava no Piauí até uma semana antes da maratona, mas não deu mole não, assim que chegou calçou seus tênis mordido pelo seu cachorro e ajudou a compor a equipe com mais uma atleta de ponta. Ela corre desde a adolescência e tem velocidade, mas seus talentos não param por aí.


A quarta corredora foi a Carme, acreditem, ela dizia não estar pronta para correr, mas como o marido dela, o André estava na equipe masculina, aceitou ser nossa suplente. Suplente? Esta posição durou dois dias até a Grazi não poder correr por conta de uma gripe e a Carme prontamente assumir sua posição. Chegou discreta, sem muita conversa mas correu demais! 

A quinta corredora fui eu, Marluce, estava muito feliz por fazer parte de uma equipe animada, porém séria e muito focada na nossa missão. Corri às 11:15, era solzão na cabeça, mas devo confessar que além da superação que cada atleta tem em mente, a maratona traz a responsabilidade do grupo, é um trabalho de união. Naquele domingo, pela primeira vez, eu não estava sozinha, eu corri com amigos.




Passei a pulseira para a Vania, que é adepta de uma vida saudável e que também ficou com um pouco de receio de correr na equipe. Receio do que? Ela fez o ritmo da equipe, senão menos e foi um exemplo de mãe e de esposa para sua família que a assistia.





Na sétima posição, tínhamos uma ausência, a Jaqueline não veio, então entrou em cena, mais uma vez a Dra. Marcele, que não vacilou e aceitou correr mais uma etapa da nossa maratona com um tempo incrível. 
Além de corredora, a Marcele é escritora nata e descreveu muito bem suas emoções em correr este domingo no seu blog, o qual faço um convite a todos para uma visita: http://aveianopulsoainda.blogspot.com/




E quem conluiu nossa maratona foi a professora de jump Rosely. Quando chegamos em Maringá, ela nos esperava, e foi só passar a camiseta para que ela parecesse uma amiga de longa data. Ela não tem o hábito de correr, mas por causa de uma vida saudável e ativa, concluiu a maratona como uma corredora profissional, por volta das 13 horas, era solzão mesmo!


E foi assim que concluímos nossa participação na prova do maratonista  olímpico Vanderlei Cardoso (ops!) Cordeiro de Lima, estávamos todas felizes e realizadas por termos conseguido cumprir mais este desafio de nossas vidas.  E ainda tivemos a honra de recebermos o prêmio de 9º lugar (de 35 equipes) das mãos da estrela do dia, o Vanderlei, ganhamos um aparelho de DVD. 
Fizemos o tempo de 04:04:02 na maratona e nos classificamos entre as 10 primeiras equipes, no entanto quem mandou muito bem foi a nossa equipe masculina que apesar de ter feito o tempo de 03:07:21 não se classificou entre as dez. A equipe masculina pegou o 29º lugar de 181 equipes. Parabéns! Segue a foto dos corredores: Júlio, Vítor, André, Cláudio, Álvaro, Vítor, Hélder e Professor Ivar. O Álison já estava na concentração e pode ser visto na foto da largada.